segunda-feira, 23 de junho de 2008

Aprendiz

“Se depender de mim, nunca ficarei plenamente maduro nem nas idéias nem no estilo, mas sempre verde, incompleto, experimental”.
(Gilberto Freyre)

Falo de humanos direitos

Senhores defensores dos Direitos Humanos,

Hoje amanheci com grande vontade de vos falar - e o farei.
Peço, desde agora, escusas se isso vos soar como falta de respeito; não é o que vos parece. Compreendam minha ignorância e me auxiliem a sair dela.
As crianças analfabetas não são humanas?
Os Policiais Militares, de todos os Estados da Federação, não são humanos?
Os viúvos e viúvas - às vezes muito jovens - desses Policiais Militares não são humanos?
Os órfãos desses Policiais não são humanos?
As crianças famintas não são humanas?
As crianças de mãos machucadas pelo trabalho pesado não são humanas?
Os universitários que trancam seus sonhos não são humanos?
Os jovens que se sacrificam para fazer um Curso Superior não são humanos?
Os anciãos esquecidos em asilos não são humanos?
Os contribuintes furtados, roubados ou sequestrados, não são humanos?
As mulheres violadas sexualmente não são humanas?
Os doentes, nas filas do serviço público de saúde, não são humanos?
As crianças molestadas sexualmente não são humanas?
As meninas - tão mulheres - que se vendem em faróis, não são humanas?
Os andarilhos não são humanos?
Os Bombeiros Militares não são humanos?
As mulheres agredidas pelos cônjuges não são humanas?
Os Delegados de Polícia não são humanos?
As mães de filhos mortos por bandidos não são humanas?
A lista é infindável. Tantas perguntas sem respostas...
Os senhores, defensores dos direitos humanos, em sua benfazeja generosidade; defensores de criaturas tão indefesas como assassinos e maníacos, poderiam esclarecer as tolas dúvidas que fizeram morada em minha alma?!...
(Dáuvanny Costa)

Bom dia...

[...] Então olhei para o relógio ao lado da cama e ele marcava 4:16. Fechei o livro e dormi.
(Dáuvanny Costa)