"Eu não sou boa nem quero sê-lo,
contento-me em desprezar quase todos, odiar alguns, estimar raros e amar um".
(Florbela Espanca)
"Estou triste abaixo da consciência. E escrevo estas linhas, realmente mal-notadas, não para dizer isto, nem para dizer qualquer coisa, mas para dar um trabalho à minha DESATENÇÃO." (Fernando Pessoa/Bernardo Soares)
domingo, 7 de janeiro de 2007
segunda-feira, 1 de janeiro de 2007
Se eu fosse Deus
Se eu fosse Deus... um dia apenas...
faria sorrir as crianças, sem afazeres ou preocupações,
as ocuparia com brincadeiras de sua idade.
Se eu fosse Deus...
alimentaria todos os famintos,
consolaria os tristes
e devolveria, a quem ama, os amores que partiram.
Não permitiria que uma mãe enterrasse seu filho,
não conceberia amanhãs não vividos a jovens viúvos,
eliminaria todas as guerras
e não deixaria que usassem meu nome em vão.
Por apenas um dia...
Proclamaria a tão sonhada paz,
incendearia os presídios - lotados -
e haveria um anjo em cada casa.
Por apenas um dia...
a África seria alegre e a alma dos brancos seria negra.
Por apenas um dia...
as lágrimas de dor seriam proibidas
e os pássaros cantariam o dia inteiro.
Se eu fosse Deus...
Interferiria na Terra, castigando e premiando
consoante meu senso de justiça.
Mulheres não seriam violentadas, apenas amadas.
Crianças não seriam espancadas e abandonadas.
Mães não seriam jamais humilhadas.
Se eu fosse Deus...
os homens de boa vontade: médicos, advogados,
professores, policiais, bombeiros, agricultores,
seriam respeitados e honrados.
Ocorre-me, porém, que jamais poderia sê-lO,
porque não daria minha vida
para salvar homens maus.
Eu advogo, mas não me envolvo;
Aconselho, mas não me entrego;
Ajudo, mas não renuncio.
Sonhos desvairados!
Alma blasfema!
A dor cega-me.
Acaso não sei que "certo príncipe" sondou sentar-se no trono de Deus?!
Julgo-me justa - mais que Ele! - mas não morreria - como Ele fez -
por uma humanidade corrompida.
Alma blasfema!
"Senhor! Ajuda-me em minha incredulidade!"
Permita-me não parar de crer.
(Dáuvanny Costa)
faria sorrir as crianças, sem afazeres ou preocupações,
as ocuparia com brincadeiras de sua idade.
Se eu fosse Deus...
alimentaria todos os famintos,
consolaria os tristes
e devolveria, a quem ama, os amores que partiram.
Não permitiria que uma mãe enterrasse seu filho,
não conceberia amanhãs não vividos a jovens viúvos,
eliminaria todas as guerras
e não deixaria que usassem meu nome em vão.
Por apenas um dia...
Proclamaria a tão sonhada paz,
incendearia os presídios - lotados -
e haveria um anjo em cada casa.
Por apenas um dia...
a África seria alegre e a alma dos brancos seria negra.
Por apenas um dia...
as lágrimas de dor seriam proibidas
e os pássaros cantariam o dia inteiro.
Se eu fosse Deus...
Interferiria na Terra, castigando e premiando
consoante meu senso de justiça.
Mulheres não seriam violentadas, apenas amadas.
Crianças não seriam espancadas e abandonadas.
Mães não seriam jamais humilhadas.
Se eu fosse Deus...
os homens de boa vontade: médicos, advogados,
professores, policiais, bombeiros, agricultores,
seriam respeitados e honrados.
Ocorre-me, porém, que jamais poderia sê-lO,
porque não daria minha vida
para salvar homens maus.
Eu advogo, mas não me envolvo;
Aconselho, mas não me entrego;
Ajudo, mas não renuncio.
Sonhos desvairados!
Alma blasfema!
A dor cega-me.
Acaso não sei que "certo príncipe" sondou sentar-se no trono de Deus?!
Julgo-me justa - mais que Ele! - mas não morreria - como Ele fez -
por uma humanidade corrompida.
Alma blasfema!
"Senhor! Ajuda-me em minha incredulidade!"
Permita-me não parar de crer.
(Dáuvanny Costa)
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