terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Sem graça

Creio na capacidade das pessoas para construção de vidas melhores, por isso não vejo graça na distribuição de esmolas via Estado; não vejo graça na hostilidade de brasileiro contra brasileiro só porque possuem diferenças; não vejo graça em ver um homem sem talento algum brincando de ser menina – e de ser cantor – apenas para promover uma agenda que fomenta o caos; não vejo graça em carros metralhados e estado de sítio enquanto quem defende direitos humanos para criminosos e desarmamento para trabalhadores usa carros blindados e seguranças armados; não vejo graça em sermos prisioneiros em nossas próprias casas enquanto a criminalidade toma conta das ruas com a anuência de criadores, aplicadores e operadores da lei; não vejo graça alguma em ver criminosos livrando-se impunes em razão de sua idade ou seu sexo – sim, sexo. 

Não veja graça no mal. 

Indigno-me. Indigne-se.
(Dáuvanny Costa)

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

De mim e de Camões para você

Alma minha gentil, que te partiste
tão cedo desta vida, descontente, 
repousa lá no céu eternamente, 
e viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etéreo, onde subiste, 
memória desta vida se consente, 
não te esqueças daquele amor ardente 
que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te 
alguma cousa a dor que me ficou
da mágoa, sem remédio, de perder-te,

roga a Deus, que teus anos encurtou, 
que tão cedo de cá me leve a ver-te,
quão cedo de meus olhos te levou. 
(Luís de Camões)

domingo, 22 de agosto de 2021

Poderia ter sido

Já quis tanta coisa
Hoje não quero nada
Apenas dormir
Talvez sonhar
Descansar do fardo de ser eu.

Paredes me cercam
Fecham-me
Oprimem-me
Reduzem-me
A não ser o que poderia ter sido.

Poderia ter sido...
Hoje não quero ser nada. 
(Dáuvanny Costa)

segunda-feira, 24 de maio de 2021

Cedo demais

Cedo demais amei e fui amada
Cedo sem que soubesse amar
Cedo sem saber ser amada
Ah... se eu o encontrasse agora...

Tantas palavras não ditas,
Palavras caladas,
Palavras ditas sem que precisassem ser ditas
Palavras que não deveriam ter sido ditas
Palavras perdidas
Lançadas
Pancadas dadas
Lágrimas amargas de arrependimento.

Poderia ter sido agora
Madura
Mulher, não menina
A vida não deixou
A sorte nunca esteve comigo
Perdi a vida
Perdi a alegria lá... antes de amadurecer
O que fiz de mim?
Cedo demais fui feliz
Pouco tempo
Pouco demais...
(Dáuvanny Costa)
 

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Sou esnobe

Sou esnobe - segundo os medíocres.

Vivemos em uma época estúpida, míope e fraca. Época em que o importante é “ser feliz” - ou fingir que. Não basta ser um bom profissional, bom cidadão, bom caráter; é mister fazer parte de uma “equipe”, ser “bom colega”, “bom vizinho”, ser simpático e sorrir com frequência alucinante.

A sociedade não aceita o triste, o circunspecto, o calado, o misterioso - enquanto é complacente com o sorridente, o falso, o fraco, o débil. “Não seja forte” - é o slogan dessa campanha nefasta que se alastra pelo mundo como um vírus. Não seja você mesmo.

Em emprego recente, em escritório de advocacia renomado na cidade, soube - à boca pequena, eis que essa gente só consegue falar na ausência - que era considerada “esnobe”. Ora, direis, “esnobe”! Esnobe porque pronuncio corretamente “erres” (r) e “esses” (s), uso os talheres de modo correto à mesa, deleito-me com a língua portuguesa e não cedo em minhas convicções. “Esnobe” porque gasto muito com roupas, mas minha biblioteca é maior que meu armário. “Esnobe” porque não finjo sentimentos e sorrio apenas com sinceridade. “Esnobe” porque meu interesse por filosofia é maior que por esmaltes - conquanto goste de esmaltes também. “Esnobe” porque não sei o que está acontecendo nas novelas da TV.

Ouvir isso foi interessante porque não foi uma frase direta; foi: “os colegas acham você esnobe”. Ora, direis, “esnobe”? Achei graça. Achei graça principalmente porque as pessoas que podem ter dito a tal palavra nem mesmo sabem seu significado. Nunca a procuraram em um dicionário. Desconfio de que usaram dicionários muito poucas vezes na vida - é mais fácil perguntar aos “esnobes” o significado de determinadas palavras [...].

Vamos ao significado de “esnobe”: Esnobismo é desprezar relações humildes, aferir méritos pelas exterioridades, respeitar apenas quem possui grande prestígio e admiração excessiva ao que está em voga.

Vejamos: no momento em que escrevo este texto, meus melhores amigos são livros - ou crianças. Meus escritores preferidos não eram moda em seu tempo, minhas músicas preferidas deixaram de ser há muito e minhas palavras preferidas nem mesmo entram na moda.

Possuo absoluta aversão a eventos sociais. Pessoas e lugares da moda me causam ojeriza. Não há lugar que goste mais de estar que minha casa. Adoro pratos sofisticados e estrangeiros, mas meu prato preferido é maionese. Gosto de vinhos, contudo, não dispenso uma cerveja gelada.

Estou à disposição sempre para ajudar. Indico livros, escrevo pareceres, envio modelos jurídicos, facilito um contato, empresto livros - em último caso, deixo claro -, leio pareceres e petições, empresto dinheiro, trato as pessoas com respeito, ajudo-as a realizarem sonhos, seguro portas, ofereço lugar, dou preferência na passagem, levo pessoas para jantar, pago a conta do restaurante, gosto de dar presentes, fazer alguém se sentir importante. Importo-me com o outro; telefono, escrevo, retorno recados - sempre. Peço licença e desculpas. Agradeço. E a palavra “por favor” segue sempre meus pedidos. Isso não me faz perfeita, por óbvio. Apenas me ensina a sentir empatia - a empatia afetiva.

Pois bem. Descobri que as pessoas chamam de “esnobismo” o que eu chamo de educação. Educação está tão em desuso que quando usada ninguém sabe mais o que significa. Bom gosto virou sinônimo de pedantismo. Triste um país que vive assim.

Sou cortês - e me incomoda profundamente que confundam isso com intimidade.

Gosto de boa mesa, bons perfumes, boas roupas. Gosto de grife - assumo. Inclusive nas pessoas. Pessoas com grife são as que têm caráter, que tentam entender em vez de julgar, que têm mais a oferecer que sorrisos dissimulados, possuem ideias e não têm medo de falar sobre elas.

São pessoas “esnobes” na opinião dos medíocres. Adoro Paulo de Tarso, o esnobe. Admiro os que não seguem a multidão, que não são simpáticos apenas para granjear amigos. Na verdade, não tenho paciência para fazer amigos. Sobretudo se eles não entendem o que é ter educação.

Assim, guardo muitos de meus conhecimentos somente para mim: Linguística, Teologia, Literatura, Filosofia, Etimologia, Gastronomia, Música - e até Direito -, distribuo em doses mínimas. Falo pouco. Nem mesmo vazo aqui esses desassossegos - não vale a pena.

O realmente triste nessa história é que quem me julga esnobe têm acesso às mesmas escolhas que as minhas, mas prefere outro estilo; e as deixo seguir suas vidas sem julgá-las - só não posso deixar de notar o quanto são medíocres.

- Dáuvanny Costa em texto escrito em jul/2013

terça-feira, 15 de setembro de 2020

À Rachel

Nunca fiz muito por ela. Contentava-me em amá-la. 
Ela nunca me pediu nada. Talvez se contentasse em me amar. 
Hoje me resta outro vazio. 

- Dáuvanny Costa

domingo, 9 de agosto de 2020

O que eu deveria ter aprendido sobre o tempo

    Nesta vida somos apenas passageiros. Nada é definitivo. Aqui não é o destino final.

Quando assimilamos esse fato, entendemos que não importa o que aconteça, o que nos cabe é defender a verdade, cuidar da família, perdoar os que nos ferem e tentar fazer o melhor com o que nos é colocado nas mãos. Se falhamos nisso é porque nos falta o sentido do tempo; julgamos que existirá tempo ou condições mais favoráveis no amanhã. Amanhã é um tempo que não existe. As condições favoráveis podem não chegar; o próprio amanhã é perspectiva, mundo do vir-a-ser – pode vir, pode não vir. Perseveremos em fazer o que é possível no presente, no tempo de agora, porque ele não espera estarmos dispostos, ganharmos dinheiro, nos formarmos, entendermos o sentido da vida, termos folga de tempo. O momento perfeito não existe. A vida nos atropela em nossas boas intenções e o que sobra é arrependimento por amanhãs que não chegarão.
O tempo que perdemos preocupados com o que o governo deveria fazer - e não fará -, com o que o país deveria ser - e nunca será -, com a forma como as pessoas deveriam se comportar - e não irão -, nunca nos será devolvido. Ele é nosso bem mais precioso. Tempo é vida que passa, é velhice que chega, são pessoas que partem. Tempo é areia que escorre entre os dedos.
Tempo é a visão que embaça, a ruga que se insurge, o cansaço que domina. E ele passa levando sonhos, desejos, intenções, projetos, esperanças. Ele passa levando o que fizemos e o que nunca mais poderemos fazer. Só há uma coisa que o tempo custa a levar: as lágrimas e a dor de se ter feito muito menos do que se poderia.
O dia é hoje e não custa repetir que o que nos cabe é defender a verdade, cuidar da família, perdoar os que nos ferem e tentar fazer o melhor com o que nos é colocado nas mãos. O resto pode ser belo, agradável e confortável, mas são apenas sombras.

Eduardo, Rachel, Ivanni e Aparecida, espero que Deus me faça digna e me conceda a graça de reencontrá-los.
- Dáuvanny Costa

terça-feira, 5 de maio de 2020

Uma voz dissonante no mundo

Desde o início da pandemia, tenho acompanhado os dados mundiais pelos dois endereços que trago nessa postagem. Observo, sobretudo, a evolução do vírus chinês em países que não decretaram lockdown ou quarentena de sadios, como é, por exemplo, o caso da Suécia. A doença parece estar seguindo a mesma trajetória lá que segue no resto do mundo, sem quebrar a economia. O número de vítimas fatais nem chega perto de Espanha e Itália - que decretaram lockdown - ainda que seja superior a outros pequenos países. A Suécia sequer suspendeu as aulas infantis - ainda que tenha suspendido as do ensino médio e superior. Só isso.

Quando "iluminados" pseudoprotetores da humanidade discutem a resposta leve da Suécia ao vírus, eles adotam um tom de crítica e acusação - é necessário se perguntar o motivo. Por que aceitar cegamente as medidas impostas por um país asiático ditador, que mata seu povo e está comprando governos e emissoras de televisão pelo mundo, em vez de procurar alternativas? O estrago no país - e no mundo - já está feito, mas enfim, é sempre bom o exercício da reflexão.

A desculpa para a Itália - claro, sempre haverá uma desculpa - de que os casos explodiram porque não se decretou o lockdown antes, é puramente especulativa; e o exemplo dos países que não aderiram a ele - não foi apenas a Suécia - prova isso. A Itália não havia adotado confinamento, mas tampouco adotou outras contramedidas, sendo que teve tempo para fazê-lo; assim, a justificativa talvez deva ser a de que ela demorou a AGIR. Em vez de tomar precauções sanitárias, por exemplo, preferiu ignorar completamente o problema - ou piorá-lo, como fizeram alguns prefeitos. Postei dois mapas e os acompanho desde fevereiro de 2020. A questão é que cada país pode criar seus próprios mecanismos sem seguir determinações simplesmente matemáticas e não científicas - como o estudo do Imperial College, que é seguido pela OMS - e governantes não podem tomar medidas drásticas sem sequer serem questionados pela sociedade a quem devem servir. "Olhe para a Itália" não é um argumento, como uns e outros fazem crer.

Pode-se alegar, e com razão, que na Suécia - usei-a como exemplo, mas, repito, há outros - a educação e a responsabilidade são diferentes. São mesmo. O pensamento de comunidade faz diferença; se importar com o outro com quem dividimos o barco faz diferença. Nesse contexto, destruir o país - ou desejar que seja destruído - por não se gostar do chefe do Executivo, convenhamos, é um sentimento ordinário.

Eu oro pelas vítimas do vírus chinês; mas também pelas vítimas dos tiranos, da tragédia econômica e das vítimas da criminalidade que grassa nesse país e que não está de quarentena.
(Dáuvanny Costa)

quinta-feira, 30 de abril de 2020

Máscaras

Vidas humanas não são plataforma política e pessoas não são experimentos sociais para confiná-las e esperar que reajam todas da mesma forma. O Brasil invisível, do qual escrevi em texto passado, é formado por casas humildes de brasileiros sem emprego e sem instrução, trabalhadores informais, idosos e crianças, muitas crianças. 
Pessoas confinadas juntas, por tempo indeterminado e sem dinheiro não é uma mistura que parece funcionar.
O número de violência doméstica aumentará - assim como outros crimes -, mulheres e crianças sofrerão ainda mais com a violência que já as cerca diariamente. Autoridades carentes de visibilidade, jornalistas sedentos por audiência e celebridades - só sendo celebridades mesmo - não parecem realmente se importar. O que importa é colapsar o voto popular. 

Nada como o pânico para desmascarar a hipocrisia.
- Dáuvanny Costa

terça-feira, 28 de abril de 2020

E o Mar...

E o mar? Passo ao largo pela epidemia de pânico porque estou ocupada olhando o mar, lendo sobre os países que estão desenvolvendo vacinas, assistindo ao documentário "Grandes Momentos da Segunda Guerra em Cores", trabalhando, acompanhando debates esperançosos sobre a hidroxicloroquina e outros medicamentos, ajudando outras pessoas a pagarem suas contas, orando por esta e pelas demais nações do mundo, ouvindo J. S. Bach, Beethoven, Queen, Dire Straits, Nazareth, escrevendo essas palavras para ninguém ler, apreciando hoje a leitura de "Os intelectuais e a Sociedade", de Thomas Sowell, e "Iludidos pelo Acaso", de Nassim Taleb. 

Dia sim outro também tenho lido poesia, dia sim outro também leio a Bíblia olhando o mar.

Enquanto tiranetes e comunicadores tentam nos assombrar com o mal que só agora eles descobriram no mundo, eu - que já conheço o mal há tempos - estou ocupada apreciando toda a beleza do mundo. 
E se forem meus últimos dias sobre a terra, é assim que quero vê-los terminar. É assim que agradeço a Deus por mais um dia, por mais um ano e por toda Sua graça sobre mim. 
- Dáuvanny Costa 


"Afinal, é bobagem viver só na peste. Na realidade, um homem deve lutar pelas vítimas. Mas, se deixa de gostar de todo o resto, de que serve lutar?"
- Albert Camus em A Peste




terça-feira, 7 de abril de 2020

Epidemia de Totalitarismo

Em Paraty, RJ, empresário que distribuía cestas básicas é preso acusado de descumprir medida de combate ao covid-19. No Brasil inteiro, milhares de presos são liberados visando o mesmo intento - supostamente.
Em Forquilhinha, SC, a Polícia Militar notificou uma família de 5 pessoas porque estavam orando. Em casa. Às 15h31min.
Em Poços de Caldas, MG, agentes municipais exigiram o encerramento de uma missa transmitida on line e de portas fechadas porque a equipe de transmissão estava na igreja – cerca de 5 pessoas.

Em Caldas Novas, GO, uma mulher foi detida e algemada por se aproximar de outros transeuntes e expor sua opinião sobre a quarentena imposta no Estado.

Em Canoas, RS, uma cafeteria, fechada, foi interditada por Policiais Militares e sua proprietária conduzida à delegacia porque ali se realizava uma pequena comemoração de casamento. 

No Guarujá, SP, uma banhista sozinha foi derrubada na areia e arrastada por guardas municipais e guarda-vidas.

Em Barra de Guabiraba, PE, uma moradora registra Policiais Militares fazendo bloqueio na entrada de um supermercado a fim de limitar a entrada.

Em Florianópolis, SC, alguns poucos banhistas foram surpreendidos pelo helicóptero Águia da Polícia Militar que fez uma tempestade de areia com voos rasantes a fim de expulsá-los.

Em Sumaré, SP, o governo do Estado, com o envio de 12 viaturas, confiscou 500 mil máscaras de uma fábrica que estava tentando atender pedidos recebidos.

Em Recife, PE, o governo estadual confiscou todo o estoque de máscaras de estabelecimentos comerciais.

Em Sobral, CE, prefeito circula armado pelas ruas, ameaçando as pessoas que não guardarem distância entre si.

Em Lourenço do Oeste, SC, um almoço foi interrompido pela Polícia Militar alegando aglomeração. Tratava-se de ambiente aberto com cerca de 10 pessoas - da mesma família.
Em Cotia, SP, uma fábrica de respiradores teve seus produtos confiscados pela prefeitura, ante a indignação e impotência de sua proprietária.
Em Icaraí, RJ, duas mulheres foram conduzidas à força para a delegacia por 6 agentes por estarem fazendo caminhada no calçadão.

São apenas alguns exemplos do que está ocorrendo por todo o país. A pandemia do covid-19 também virou uma epidemia de pânico, demagogia e totalitarismo, sem Judiciário ou Ministério da Justiça como socorro. Finalizo citando Peter McCabe: Uma pergunta frequente ouvida nos últimos 70 anos: como um povo sofisticado e culto, como o alemão, permitiu o surgimento do nazismo? Bem, olhe ao seu redor. A resposta está aí”.
(Dáuvanny Costa)

domingo, 22 de março de 2020

O Brasil Invisível

Nas últimas semanas fomos bombardeados por notícias originadas de um país fechado sobre um vírus que ninguém consegue deter. 
Esse minúsculo terrorista, após passear pela terra provocando danos sem medida, invadiu a nossa nação sequer nos dando tempo de lamentar pelas demais. Junto com ele vieram medo, discórdia, tristeza, incertezas, impotência, medidas drásticas, demagogia, insegurança, estrangulamento da economia. Junto com ele veio pânico. 
Os mais belos lugares do mundo estão desertos, as pessoas suspenderam os abraços e o senso crítico, há ordem para manter distância do semelhante, abrem-se mercados e se fecham igrejas enquanto se esquece que nem só de pão vive o homem. A terra parou. Raul Seixas vangloriar-se-ia, mas esse não é um sonho de sonhador e o vírus segue, caminha sem trégua, reprimindo respirações e bom senso.
O vírus abre uma clareira. E, seguindo seu rastro, caminham homens vis, que espreitavam oportunidades de galgar mais poder; caminham notícias exaltadas que geram comoção; caminha a insegurança de quem nunca antes havia se sentido ameaçado. É um vírus que assusta os abastados, os poderosos, os guardiões da moral. É um vírus que não se importa com cores, estaturas, credos, títulos, diplomas, classes sociais, cargos, temperaturas. Nada disso o detém.
Em nome dele, líderes que seguiram seu rastro se manifestam e anunciam medidas espetaculosas sem dimensionar suas consequências. Em nome do medo, esses líderes não cogitam que o remédio pode matar o vírus, mas pode também matar o doente.
O estrangulamento da economia é um fator importante a ser considerado. Empresas podem fechar as portas, o desemprego aumentará, salários serão reduzidos, pessoas ficarão inadimplentes, o fardo ficará mais pesado.
Esse, contudo, não é o fator principal.
Há o Brasil invisível. Esse, que os governantes só veem quando querem votos, que a autoridade só abraça quando quer aumentar seu poder e riqueza, que só é lembrado para artistas fazerem demagogia e emissoras de televisão filmarem novelas.
Há esse Brasil.
É fácil dizer para a classe média ficar em casa. É mais fácil para a classe média ficar em casa. Eu posso perfeitamente bem ficar em casa; sou caseira por natureza e minha casa possui todas as comodidades de que preciso.
“Fiquem em casa!” – gritam tresloucadas as autoridades. “Lavem suas mãos!” – gritam desvairadas as celebridades; sentindo-se, elas próprias, ameaçadas. Passei dificuldades na vida, mas hoje tenho boa comida e, se ela acabar, posso ir ao mercado da esquina para reabastecer a despensa ou pedir alguma coisa por telefone, tenho uma cama confortável para dormir, moro em um lugar amplo e arejado, posso trabalhar em casa normalmente, e não possuo quaisquer problemas de locomoção, se precisar sair. E, que fique claro, não estou pedindo desculpas por poder fazer isso.
A maioria das pessoas que clama às outras para não saírem de casa possui preocupações legítimas com o país - não duvido disso -, mas também possui uma boa internet, tv por assinatura, um sofá macio, estoque de comida, água potável, Netflix, Amazon Prime, ar-condicionado. A tecnologia nos traz conforto. O Brasil invisível não possui nada disso.
O Brasil invisível não possui saneamento básico, comida na mesa, esperança de futuro. O Brasil invisível vende o almoço para comprar o jantar. Esse Brasil não pode e não ficará em casa - casa é só jeito de dizer, pois muitas vezes não passa de um cubículo -, esse Brasil não tem medo de um vírus porque aprendeu a sobreviver a tudo.
O Brasil invisível novamente foi esquecido nas canetadas que pulularam nessa semana. O caminho da responsabilidade é cuidar do povo sem provocar pânico, sem enforcar o sustento dessas pessoas e sem incendiar o país inteiro. Esse Brasil invisível não é lembrado por quem vive em bolhas - jornalistas, juízes, políticos, celebridades - e por isso precisa de todos nós nesse momento. 
Gestores de Estados e Prefeituras se esqueceram desse pequeno Brasil com seus decretos; nos lembremos dele e façamos nossa parte como conservadores e cristãos.
É momento de praticar a caridade.
(Dáuvanny Costa)

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Consequências de uma Operação ou apenas da Vida

Desde que a operação Lava-Jato, da Polícia Federal, foi deflagrada em março de 2014, o Brasil mudou bastante. 
Brasileiros foram às ruas pedir outro impeachment, alguns juristas se aproveitaram do momento para alcançar fama, vários gatunos de dinheiro público foram finalmente presos - incluindo um ex-presidente da República, após um circo de quinta categoria -, cassaram o mandato de Maria I, a louca, um vice-presidente também foi detido por poucos dias - mesmo fazendo um bom governo -, advogada pisou em jararaca, rodou a baiana e se tornou deputada, ator pornô também se tornou deputado, roqueiros se tornaram cientistas políticos, o cenário político mudou, nomes novos surgiram, caciques da política perderam eleições, um improvável presidente da República foi eleito contra todas as evidências - e sobrevivendo a um atentado -, o juiz daquela operação se tornou ministro da Justiça - com um olhar para o STF -, o STF resolveu assumir de vez que quem manda no país é o Judiciário, o presidente eleito parou de comprar aprovação - não pagou mais artistas, jornalistas ou vigaristas. 

O presidente da República se mostrou um homem de bom coração; mais do que isso, um homem do povo, preocupado com a nação, ainda que não seja um Churchill. Nomeou ministros técnicos, tentou cumprir promessas de campanha e não fez conchavos políticos. Algumas promessas estão um tanto emperradas. A economia vai bem, bolsa de valores se aproxima de 120 mil pontos, aprovou-se uma reforma da Previdência, há outras reformas no radar.

É um governo sem escândalos de corrupção. É um governo com grande dificuldade para governar. As elites políticas, jurídicas, econômicas e culturais atrapalham seu governo. É um governo que tem um ministro da Economia forte, ousado, destemido; mas tem um ministro da Justiça fraco, vaidoso e que flerta com ideais progressistas - talvez seja apenas minha antipatia por Sérgio Moro. É desalentador ter um ministro desarmamentista no governo de um Militar; é preocupante ter tentativa de nomeação de abortista num ministério da Justiça (!) - talvez seja apenas minha antipatia por Sérgio Moro. Os números da criminalidade, porém, estão sendo reduzidos. Tenhamos esperança.

O que definiu meu voto em 2018 foi a Segurança Pública. Quem acompanha esse blog já entendeu que essa é minha maior preocupação no país. Porém, não estou contente. Esperava mais. Não gosto de Sérgio Moro e não entendo essa carência que brasileiro tem por heróis. Foi assim também com Joaquim Barbosa. A cada nova personagem que agrada as massas se ouvem os gritos de: "Fulano para presidente", "vamos segui-lo", "vamos morrer com ele" - aqui é uma referência ao Júlio César de Shakespeare. Confesso: não entendo. Há heróis de verdade no anonimato. Heróis que precisam de apoio. As leis penais são fracas, o Judiciário é uma vergonha e políticos são vis. Precisamos, ao menos, de um governo federal forte. Espero que finalmente estejamos no rumo certo.

Hoje é dia de lembrar de Jerusalém. E do Brasil. 
(Dáuvanny Costa)

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

A força é ELE

Nunca se torna mais fácil, Deus me torna mais forte. 
A força é dEle. A força é Ele. 
Hoje só quero falar de saudades - essa que o mundo não pode compreender.

"E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas". (Apocalipse 21.4)

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

A farsa

Repudio com veemência quaisquer ameaças feitas a parlamentares no exercício de seu mandato. Isso é inadmissível em um país democrático. Repudio com ainda mais veemência ameaças fantasiosas relatadas por parlamentares psicopatas que diligentemente se empenham em tornar o país pior; mas faço votos de que as fortes democracias da República de Cuba ou da República Bolivariana da Venezuela possam receber bem o nobre Deputado que acabou de renunciar e que tanto as defende - se bem que aposto em EUA ou Paris, pois é para onde gostam de ir tais esquerdistas hipócritas e canalhas. 
Ao menos esse cumpriu a sua palavra.
(Dáuvanny Costa)

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Vale da Morte

Quase tudo já foi dito sobre uma das maiores tragédias ocorridas no país, portanto, não pretendo ser original - apenas fazer coro com as milhares de vozes e letras que se levantam neste momento. Tragédias como a de Brumadinho são previsíveis e recorrentes neste país e ocorrem em virtude da ausência do Estado, da corrupção desenfreada e do descuido com o semelhante. É momento de lamentar e não de procurar culpados, contudo, o secretário do Meio Ambiente de MG, Germano Luiz Gomes Vieira, assinou norma, em dezembro de 2017, que alterou os critérios de risco de algumas barragens e que permitiu a redução das etapas de licenciamento ambiental no Estado. Alie-se a isso a negligência, a ganância, o despreparo, a vileza e, por fim, a incompetência na fiscalização. 
Importante salientar que a Vale é responsável por milhares de empregos naquelas regiões e pelo sustento de inúmeras famílias e cidades, portanto, não se pretende demonizá-la - eu não pretendo -, mas acentuar que os responsáveis têm o dever de dar total assistência às pessoas atingidas, operar com maior responsabilidade daqui em diante e, devidamente apurada a culpa, sofram as devidas punições. 
Fato: após três anos da tragédia de Mariana, ninguém foi preso e muitas vítimas ainda lutam por reparação confiando em um Judiciário, infelizmente, lento e que julga de acordo com leis inteiramente brandas. 
Minhas orações por Brumadinho e por cada vítima dessa indizível tragédia no VALE da morte ali instaurado. Minhas orações também pelos inúmeros profissionais que desde sexta-feira cumprem heroicamente seu ofício e pelos voluntários que procuram amenizar as dores daquelas vidas. Algumas vítimas não voltarão para suas famílias; outras carregarão feridas e cicatrizes por toda a vida, feridas essas que não poderemos remover, mas certamente podemos oferecer amparo para seguirem em frente. Ofereçamos. 
(Dáuvanny Costa)

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Que seja amanhã também


“E o VERBO se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (João 1.14)

Não se sabe o dia exato: o que se sabe é que Ele veio – e retornará.
Assim, que seja hoje! Contudo, que hoje não seja apenas um dia de festa, mas realmente de união, de reencontro, de perdão e de paz e que a Palavra que se fez carne para nascer entre nós esteja presente não apenas nesta noite, mas em todos os dias de nossas vidas. Procure-o. No caminho de Damasco, no abraço do irmão, no perdão ofertado, no mar da Galileia, na beira do poço, na manjedoura ou na goiabeira [...]; não importa. Encontre-o – porque Ele está à porta e bate. Feliz Natal! Que seja hoje. Que seja amanhã também.
(Dáuvanny Costa)

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Cartilha demagógica

Nenhuma pessoa normal e em sã consciência pode ser favorável à prática de qualquer violência contra mulheres. Essa conclusão, obviamente, não deve ser diferente se a vítima for homem. A violência contra inocentes (homem ou mulher, independentemente de sua idade), especialmente o homicídio, é absolutamente INACEITÁVEL. Assim, a lei do "feminicídio", recentemente sancionada pela presidente "Wanda" não passa de mais um exemplo ridículo de um Direito Penal inútil e demagógico.
Não é demais lembrar que o homicídio de qualquer mulher nas circunstâncias previstas na nova lei já é, desde a edição do Código Penal Brasileiro - em 1940 -, tipificado como uma espécie de homicídio qualificado, pois é evidente que nessas situações se configura a qualificadora "motivo torpe" e a pena é exatamente a mesma prevista para a nova invenção - leia-se feminicídio -, ou seja, reclusão de 12 a 30 anos. Na prática, portanto, a nova lei (Lei 13.104/15) serve apenas para cumprir a cartilha ideológica dos vermelhos e colher dividendos políticos. No mais, enquanto se produzem aos borbotões leis inúteis, quase 60 mil PESSOAS (homens e mulheres) continuarão perdendo suas vidas todos os anos no país.
É esse o jeito de governar dos socialistas.
(Dáuvanny Costa)

(Publicado no Facebook por ocasião da Lei 13.104/15)

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

O fantástico mundo dos privilegiados

Acredite se quiser: a procuradora-geral da República (PGR), Raquel Dodge, recorreu do despacho de Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogando as liminares do auxílio-moradia. A procuradora pede que os membros do Ministério Público continuem recebendo o valor. Se obtiver decisão favorável não demora para que associações de juízes em todo o país sigam o mesmo caminho. Os indivíduos que mais falam sobre "justiça social" vivem em uma bolha e de justiça não entendem absolutamente nada; entendem apenas de seus próprios estômagos e vaidades.
(Dáuvanny Costa)

sábado, 23 de dezembro de 2017

O que dizer do Natal?

Nunca gostei muito de natais - para ser honesta -; gostava do que eles me ofereciam: graça. E panetones.
Hoje o Natal é uma mistura de tristeza e nostalgia; vontade de voltar para lugares que não existem mais e que deixaram vazios impreenchíveis.
Hoje trago no peito o desejo íntimo de que pudesse voltar àqueles natais na casa cheia de irmãos, irmãs, cunhadas e sobrinhos, com crianças – das quais eu era uma – correndo por todos os lados; natais em que meu sorriso era mais doce e não trazia as feridas que ora trago; natais em que não havia perdas e ausências. Não possuíamos muito, mas possuíamos o suficiente e éramos felizes porque naquela casa simples havia amor e alegria compartilhada entre pessoas especiais. 
Hoje trago no peito o desejo ardente de resgatar um daqueles natais já da idade adulta, onde só havia a alegria do encontro do amor;  antes da faculdade, antes da formatura, antes das despedidas e antes das dores mais intensas; lá onde tudo era esperança.
Contudo, não posso voltar. Posso seguir. E vou seguir - sempre. Natal é sobre o começo da vida. Para nós, cristãos, vai muito além: é o começo da vida do Salvador – e também de nossa vida eterna. Dessa forma, o que são as tristezas ou os prazeres desta vida comparados com viver ao lado dEle?
Hoje há alegrias também, há esperança e fé. Estou rodeada de amor e cuidado e ouso crer porque ELE nunca desiste de mim e me ensina, diariamente, a recomeçar.

Merry Christmas! Feliz Navidad! Buon Natale! Joyeux Noël! Feliz Natal! 
(Dáuvanny Costa)

domingo, 29 de outubro de 2017

Anjos de Farda

Meus heróis são atípicos. Não usam capas ou máscaras e tampouco possuem super poderes. Militam na chuva, nos becos, nas ruas, nas noites e madrugadas. Vigiam enquanto a sociedade dorme, cuidam enquanto ela se diverte, investigam enquanto ela descansa, correm enquanto ela espera.
Meus heróis não recebem aplausos, não lhe são jogadas flores em vida e não são famosos pelos atos heróicos. Arriscam-se por salários infames sob condições de trabalho precárias e insalubres.
Meus heróis são transportados em veículos barulhentos – e às vezes coloridos; suas armaduras possuem cores variadas – tecidas de fibras mistas como a lembrar-lhes de sua própria fibra moral; suas missões são dadas por rádios ruidosos que não tocam canções de alegria. Botas pesadas, coberturas de diversas formas, armas, balaclavas, carregadores, munições; assim se disfarçam para a luta que travam cotidianamente. 
Meus heróis não marcam ponto no trabalho, não possuem horário de almoço e não se acostumaram a dizer “não”. Não podem escolher seus clientes e com grande freqüência lidam com escórias humanas. 
Meus heróis entram em prédios em chamas quando todos correm, perseguem criminosos quando todos se escondem, mantêm a calma quando todos se exaltam, enfrentam o perigo quando todos se desesperam.
Meus heróis não possuem estrelas em calçadas da fama, não são adorados como celebridades e tapetes vermelhos não são estendidos quando passam; contudo, são os astros reais de quem valoriza caráter. 
Meus heróis são fortes, porém, também são frágeis; são formados da mesma matéria de que sou formada: são de carne e osso – e podem se quebrar. Suas armaduras não são indestrutíveis, não se regeneram e sequer nelas encontram proteção para o ódio dos insanos.
Meus heróis são HOMENS; no verdadeiro sentido do que é ser um homem: possuem responsabilidade e força. Eles são maridos, pais, filhos, irmãos, amigos. São amados e amantes.
Há heroínas também: esposas, mães, filhas, irmãs. Amadas e amantes.
Meus heróis doam as próprias vidas pelo ideal de proteger e servir e não poucas vezes fazem-no por pessoas sem merecimento, sem gratidão e sem amor. Não recebem bustos de bronze e poucos têm seus nomes ostentados em ruas ou praças. 
Meus heróis não são perfeitos – e nem buscam a perfeição; contentam-se em cumprir com retidão seu mister sem se escravizar pelas contingências. 
Meus heróis são Policiais Militares. Meus anjos da guarda. Meus anjos de farda. 
(Dáuvanny Costa)

domingo, 14 de agosto de 2016

Porque eu Creio

"E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas". (Apocalipse 21.4)
Nunca dói menos; mas eu creio. 

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Deputados que votaram CONTRA o Impeachment

Segue abaixo nomes dos deputados que votaram contra a abertura do processo de Impeachment de Dilma "Wanda" Rousseff - ou que se abstiveram ou simplesmente faltaram à sessão. Seus nomes não devem ser esquecidos e suas carreiras políticas devem ser encerradas - algumas nem deveriam ter sido iniciadas. 

RORAIMA: 
1) Edio Lopes/PR. 

RIO GRANDE DO SUL: 
1) Afonso Motta/PDT; 
2) Bohn Gass/PT; 
3) Henrique Fontana/PT; 
4) Marco Maia/PT; 
5) Marcon/PT; 
6) Maria Do Rosário/PT; 
 7) Paulo Pimenta/PT; 
8) Pepe Vargas/PT; 
9) Abstenção: Pompeo De Mattos/PDT. 

SANTA CATARINA: 
1) Décio Lima/PT; 
2) Pedro Uczai/PT. 

AMAPÁ: 
1) Janete Capiberibe/PSB; 
2) Jozi Araújo/PTN; 
3) Professora Marcivania/PCdoB; 
4) Roberto Góes/PDT; 
5) Abstenção: Vinicius Gurgel/PR. 

PARÁ: 
1) Beto Faro/PT; 
2) Edmilson Rodrigues/Psol; 
3) Elcione Barbalho/PMDB; 
4) Lúcio Vale/PR; 
5) Simone Morgado/PMDB; 
6) Zé Geraldo/PT; 
7) Abstenção: Beto Salame/PP. 

PARANÁ: 
1) Aliel Machado/Rede; 
2) Assis Do Couto/PDT; 
3) Enio Verri/PT; 
4) Zeca Dirceu/PT. 

MATO GROSSO DO SUL: 
1) Dagoberto/PDT; 
2) Vander Loubet/PT; 
3) Zeca Do PT/PT. 

GOIÁS: 
1) Rubens Otoni/PT. 

DISTRITO FEDERAL: 
1) Erika Kokay/PT. 

ACRE: 
1) Angelim/PT; 
2) César Messias/PSB; 
3) Leo De Brito/PT; 
4) Sibá Machado/PT. 

TOCANTINS: 
1) Irajá Abreu/PSD; 
2) Vicentinho Júnior/PR. 

MATO GROSSO: 
1) Ságuas Moraes/PT; 
2) Valtenir Pereira/PMDB. 

SÃO PAULO: 
1) Ana Perugini/PT; 
2) Andres Sanchez/PT; 
3) Arlindo Chinaglia/PT; 
4) Carlos Zarattini/PT; 
5) Ivan Valente/Psol; 
6) José Mentor/PT; 
7) Luiza Erundina/Psol; 
8) Nilto Tatto/PT; 
9) Orlando Silva/PCdoB; 
10) Paulo Teixeira/PT; 
11) Valmir Prascidelli/PT; 
12) Vicente Candido/PT; 
13) Vicentinho/PT. 

MARANHÃO: 
1) Aluisio Mendes/PTN; 
2) João Marcelo Souza/PMDB; 
3) Junior Marreca/PEN; 
4) Pedro Fernandes/PTB; 
5) Rubens Pereira Júnior/PcdoB; 
6) Waldir Maranhão/PP; 
7) Weverton Rocha/PDT; 
8) Zé Carlos/PT. 

CEARÁ: 
1) Ariosto Holanda/PDT; 
2) Arnon Bezerra/PTB; 
3) Chico Lopes/PcdoB; 
4) Domingos Neto/PSD; 
5) José Airton Cirilo/PT; 
6) José Guimarães/PT; 
7) Leônidas Cristino/PDT; 
8) Luizianne Lins/PT; 
9) Macedo/PP; 
10) Odorico Monteiro/Pros; 
11) Vicente Arruda/PDT; 
12) Ausente: Aníbal Gomes/PMDB; 
13) Abstenção: Gorete Pereira/PR. 

RIO DE JANEIRO: 
1) Alessandro Molon/Rede; 
2) Benedita Da Silva/PT; 
3) Celso Pansera/PMDB; 
4) Chico Alencar/Psol; 
5) Chico D'angelo/PT; 
6) Glauber Braga/Psol; 
7) Jandira Feghali/PcdoB; 
8) Jean Wyllys/Psol; 
9) Leonardo Picciani/PMDB; 
10) Luiz Sérgio/PT; 
11) Wadih Damous/PT; 
12) Ausente: Clarissa Garotinho/PR. 

ESPÍRITO SANTO: 
1) Givaldo Vieira/PT; 
2) Helder Salomão/PT. 

PIAUÍ: 
1) Assis Carvalho/PT; 
2) Capitao Fabio Abreu/PTB; 
3) Marcelo Castro/PMDB; 
4) Paes Landim/PTB; 
5) Rejane Dias/PT. 

RIO GRANDE DO NORTE: 
1) Zenaide Maia/PR. 

MINAS GERAIS: 
1) Adelmo Carneiro Leão/PT; 
2) Aelton Freitas/PR; 
3) Brunny/PR; 
4) Gabriel Guimarães/PT; 
5) George Hilton/Pros; 
6) Jô Moraes/PCdoB; 
7) Leonardo Monteiro/PT; 
8) Margarida Salomão/PT; 
9) Miguel Corrêa/PT; 
10) Padre João/PT; 
11) Patrus Ananias/PT; 
12) Reginaldo Lopes/PT. 

BAHIA: 
1) Afonso Florence/PT; 
2) Alice Portugal/PcdoB; 
3) Antonio Brito/PSD;
4) Bacelar/PTN; 
5) Bebeto/PSB; 
6) Caetano/PT; 
7) Daniel Almeida/PcdoB; 
8) Davidson Magalhães/PcdoB; 
9) Félix Mendonça Júnior/PDT; 
10) Fernando Torres/PSD; 
11) João Carlos Bacelar/PR; 
12) Jorge Solla/PT; 
13) José Carlos Araújo/PR; 
14) José Nunes/PSD; 
15) José Rocha/PR; 
16) Moema Gramacho/PT; 
17) Paulo Magalhães/PSD; 
18) Roberto Britto/PP; 
19) Ronaldo Carletto/PP; 
20) Sérgio Brito/PSD; 
21) Valmir Assunção/PT; 
22) Waldenor Pereira/PT; 
23) Abstenção: Cacá Leão/PP; 
24) Abstenção: Mário Negromonte Jr/PP. 

PARAÍBA: 
1) Damião Feliciano/PDT; 
2) Luiz Couto/PT; 
3) Wellington Roberto/PR. 

PERNAMBUCO: 
1) Adalberto Cavalcanti/PTB; 
2) Luciana Santos/PcdoB; 
3) Ricardo Teobaldo/PTN; 
4) Silvio Costa/PTdoB; 
5) Wolney Queiroz/PDT; 
6) Zeca Cavalcanti/PTB; 
7) Abstenção: Sebastião Oliveira/PR. 

SERGIPE: 
1) Fábio Mitidieri/PSD; 
2) João Daniel/PT. 

ALAGOAS: 
1) Givaldo Carimbão/PHS; 
2) Paulão/PT; 
3) Ronaldo Lessa/PDT. 

(Dáuvanny Costa)

sábado, 16 de abril de 2016

Demoniocracia

O momento atual é tão estarrecedor e absurdo que fica difícil decidir o que é pior:
I) ver criminosos esperneando porque foram pegos enquanto se sentiam donos do país;
II) ver petistas - sejam lá em que partido estejam - desesperados agonizando e lançando os seus últimos - e poderosos - dados;
III) constatar as imoralidades dos bastidores da política brasileira em que se negociam almas com dinheiro arrancado dos pagadores de impostos;
IV) assistir ao advento de tantas pessoas e microorganismos tóxicos saídos dos buracos da indignidade a fim de defender seus próprios interesses;
V) ser testemunha de que a imprensa reluta em soltar as amarras do patrocínio estatal e atua timidamente na defesa da verdade;
VI) presenciar políticos posando de santarrões e proferindo discursos inflamados contra a corrupção que ajudam diariamente a fomentar;
VII) comprovar a existência de marionetes manipuladas por atores políticos que deixaram o palco sem deixar o espetáculo;
VIII) encontrar um Maluf indignado com o fisiologismo que sempre imperou na política nacional. 
O último que sair, não esqueça de apagar a luz porque o desconto das companhias elétricas não significou muita coisa. (Dáuvanny Costa)

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Feirão

Luiz Inácio passou a lotear cargos políticos em Brasília. 

Transformou em bordel o hotel em que se hospedou. 

Essa é a República transformada no mais ativo balcão de negócios do governo. À luz do dia. Sem constrangimentos e sem censuras; ante o olhar complacente da imprensa - e lascivo dos futuros beneficiados. É a POLÍTICA brasileira em seu estado mais puro.
(Dáuvanny Costa)

Cenas de Guerra

"Dois de Abril: O Cb Reginaldo Taiacoli, 46 anos de idade e 27 de PM, foi executado na frente do filho adolescente enquanto calibrava o pneu do carro na Zona Sul de SP. 
Quatro de Abril: Os Sds Alex de Souza, 28 anos, e Leonel Almeida de Carvalho, 29, foram alvejados quando faziam cerco a uma quadrilha que acabara de roubar empresa de transporte de valores em Santos, SP. 
Cenas de guerra. Criminosos portando armas de guerra e munição ilimitada; afrontando leis, cidadãos, Polícia e Estado. Facínoras que não pensam duas vezes antes de puxar o gatilho porque a lei não lhes pesa ou constrange. 
Contudo, não houve comoção pública. A mídia televisiva não dispensou mais que alguns minutos em notas. A dor de quem se importou - e se importa - foi silenciosa, contida e paciente; uma dor que não explodiu em lamentações - porque não quer ser consolada. 
Vida que segue - dirão alguns; esquecendo-se de que qualquer atentado contra agentes da segurança pública é um atentado contra o Estado; é uma ameaça à segurança de qualquer cidadão decente. Criminosos não temem nossas leis ultrapassadas e lenientes que servem mais para protegê-los do que para detê-los. Assim, o posto de combustíveis poderia ter sido aquele em que abastecemos nossos veículos; a troca de tiros poderia ter ocorrido em frente às nossas casas. Poderia ter sido, mas não foi. Não desta vez. Porque desta vez alguns homens honrados estavam no caminho - e não voltaram para casa." (Dáuvanny Costa)