terça-feira, 29 de setembro de 2009

À moda antiga

Sim, ainda escrevo cartas e as envio - quase sempre. Ainda envio postais quando em viagem. Dessas coisas que não existem mais. Em épocas de twitter (troço que não sei para que serve, aliás), escrever cartas é como brincar de pirocóptero, escrever com caneta quatro cores, ter um vídeo-K7 e conjugar verbos. Coisas fora de moda.
Nada contra as invenções que tornam a vida mais fácil. Adoro-as. Nem sei o que faria sem elas; mas por Deus! O que há de errado com escrever cartas, responder a e-mails, retornar telefonemas, pedir licença para passar, segurar a porta, dizer "por favor", agradecer por pequenas gentilezas e conjugar verbos corretamente? O que há de errado com não perder a educação só porque "evoluímos"? O que há de errado, afinal, em se importar com alguém a ponto de escrever-lhe cartas ou de jantar gostosamente à luz de velas?!
Em visita à Rachel após um longo inverno, a ouvi reclamar de minha ausência. Estava ofendida por não lhe ter escrito no aniversário. "Como?!" - exclamei - "Escrevi. Como o fiz também no dia das mães!" Ela, ainda ofendida, apenas retorquiu: "Não, você não escreveu..."
Ela tinha razão. Pessoalidade faz toda a diferença.
...Sou eu que acostumo mal os meus amigos. Paciência. Ainda escrevo cartas.
(Dáuvanny Costa)

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Pastores de quem?

A função do pastor era é  guiar, conduzir, aconselhar, ajudar a discernir, esclarecer as ovelhas de seu aprisco. O que vemos, entretanto, são pastores que pastoreiam a si mesmos e a seus próprios interesses. Destarte, sou grata a Deus por não permitir que pastores me saqueassem a fé. Ainda.
Pululam embustes por todos os lados. Mercadores da fé vendem orações milagrosas, pulseiras santas, água benta, bíblias da prosperidade, óleos ungidos, dentre tantos outros artifícios, cujo intuito é a mercancia da esperança.
Impostores que despedaçam a alegria das boas-novas com excessos religiosos infecundos, com fantasia em lugar de virtudes, com promessas falaciosas de vida plena sem a plenitude da Vida. Impostores que vilipendiam o sacrifício expiatório de Cristo e enganam gente humilde que precisa ver para crer, que busca composição física para o exercício de sua fé, que não descobriu ainda que a única promessa é a da Vida Eterna.
Fiéis dispostos a crer para não conviverem com as agruras da vida; fiéis para quem não basta o sacrifício vicário do Cordeiro; fiéis que flertam com a infidelidade cobiçando bezerros de ouro enquanto voltam seus olhos para homens sem ética que se valem da superficialidade dos seus discursos.
Pastores de quem? Pastores de quê? Homens que não representam bem o Evangelho, homens e mulheres que tornam a fé árida; fé que, em suas intenções espúrias, se torna apenas objeto de troca, meio para aquisição de sonhos de infância que não puderam se realizar sem que se usasse o nome de Deus em vão.
Reinventam Deus, reescrevem a Bíblia com histórias mágicas de auto-ajuda e auto-sugestão. Repintam Jesus em roupas de grife e carros luxuosos; e o carpinteiro, o pregador, o pescador de almas se torna um executivo preocupado com o sucesso e a megalomania de seus filhos.
O que há de errado com a igreja? Que caminhos tortos a desvirtuam? O que há de errado comigo que me calo enquanto observo impotente?
Observo mais. O evangelho virou zombaria. E os incomodados, zombam ainda mais. Quem não se cala, faz pilhéria; no afã de criticar, zombam; sem a percepção de que isso faz aumentar o número de seguidores dos infiéis. Mentiras em nome da fé. Chistes idem.
Onde encontro a saída?
(Dáuvanny Costa)

domingo, 27 de setembro de 2009

Para não acordar o dia

Vinho e fondue de queijo. Prosa que deleita. Ao fundo, Gaither Vocal Band. Não troco uma noite assim por multidões.

sábado, 26 de setembro de 2009

Livros - A Cabana

O livro “A Cabana” procura mostrar um rosto diferente para Deus. Diferente do que vem sendo pregado em todas algumas denominações. Na maioria, para ser franca. Para mais ou para menos.
O autor não tem como objetivo defender a Trindade. Não advoga para Deus. Mostra um Deus amoroso, um Jesus amável e um Espírito Santo consolador (como devemos de fato enxergá-los); em figuras distintas e peculiares. Bem peculiares.
A história se desenvolve em uma cabana, cenário de um crime. O pai da vítima procura explicações para o aparente descaso de Deus e, na ausência de respostas, ocorre arrefecimento em sua fé; não consegue vê-lo como um Deus amoroso. Inevitável em dolorosas circunstâncias. Inevitável sentimento de abandono a qualquer que se sente esquecido ou traído por Deus.
É um livro ingênuo que alcançou o primeiro lugar na lista dos mais vendidos do The New York Times. Em que pese o sucesso de público e de crítica, porém, trata-se, ratifico, de um livro ingênuo. Creio que os que realmente sofreram – a quem, prima facie, encaminha-se o livro – enxergam virtudes nele, mas reconhecem-no pouco incisivo. Após a leitura, as máscaras tendem a cair, a ferida latente se apresenta desorientada trazendo toda a dor que conseguimos guardar, e a esperança de experimentar um encontro parecido com o Criador quase toma o coração. Quase.
O livro, em suma, não traz nada de novo. Não para os do lado de cá. Lado da dor. Lado de quem aprendeu a ter fé exatamente por causa do silêncio de Deus; fé conquistada nas plagas do abandono celestial.
A tentativa de trazer à baila a igualdade homem/mulher é uma das boas coisas do livro; mostrar Deus como um pai/mãe sofredor conforta o coração de quem não tem respostas; e a apresentação de um Deus humano, limitado, alegre, jovial e diferente do que se prega nas em algumas instituições religiosas, nos aproxima do Pai; no entanto, só a Escritura basta (sola scriptura). Em meus desesperos latentes, emergentes ou manifestos, não tive – ou tenho – encontros de tal natureza com Deus. Teofania é algo que só conheço das aulas de teologia (e dos dicionários); mas ela não me é, de fato, necessária. A Escritura basta a mim.
Sabê-lo, entretanto, na lista dos mais vendidos é fato que já vale a leitura; é sempre bom leituras cristãs alcançarem sucesso no meio secular. Ainda que não cicatrizem as chagas. Assunto para o Deus real resolver.
No mais, essa fé adquirida nas intempéries da vida não pode ser assim negociada com um trio fofo numa cabana.
A Escritura me basta.
(Dáuvanny Costa)

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Amor, o interminável aprendizado

"CRIANÇA, pensava: amor, coisa que os adultos sabem. Via-os aos pares namorando nos portões enluarados se entrebuscando numa aflição feliz de mãos na folhagem das anáguas. Via-os noivos se comprometendo à luz da sala ante a família, ante as mobílias; via-os casados, um ancorado no corpo do outro, e pensava: amor, coisa-para-depois, um depois-adulto-aprendizado.
Se enganava.
Se enganava porque o aprendizado do amor não tem começo nem é privilégio aos adultos reservado. Sim, o amor é um interminável aprendizado.
Por isto se enganava enquanto olhava com os colegas, de dentro dos arbustos do jardim, os casais que nos portões se amavam. Sim, se pesquisavam numa prospecção de veios e grutas, num desdobramento de noturnos mapas seguindo o astrolábio dos luares, mas nem por isto se encontravam. E quando algum amante desaparecia ou se afastava, não era porque estava saciado. Isto aprenderia depois. É que fora buscar outro amor, a busca recomeçara, pois a fome de amor não sacia nunca, como ali já não se saciara.
De fato, reparando nos vizinhos, podia observar. Mesmo os casados, atrás da aparente tranqüilidade, continuavam inquietos. Alguns eram mais indiscretos. A vizinha casada deu para namorar. Aquele que era um crente fiel sempre na igreja, um dia jogou tudo para cima e amigou-se com uma jovem. E a mulher que morava em frente da farmácia, tão doméstica e feliz, de repente fugiu com um boêmio, largando marido e filhos.
Então, constatou, de novo se enganara. Os adultos, mesmo os casados, embora pareçam um porto onde as naus já atracaram, os adultos, mesmo os casados, que parecem arbustos cujas raízes já se entrançaram, eles também não sabem, estão no meio da viagem e só eles sabem quantas tempestades enfrentaram e quantas vezes naufragaram.
Depois de folhear um, dez, centenas de corpos avulsos tentando o amor verbalizar, entrou numa biblioteca. Ali estavam as grandes paixões. Os poetas e novelistas deveriam saber das coisas. Julietas se debruçavam apunhaladas sobre o corpo morto dos Romeus. Tristãos e Isoldas tomavam o filtro do amor e ficavam condenados à traição daqueles que mais amavam e sem poderem realizar o amor.
O amor se procurava. E se encontrando, desesperava, se afastava, desencontrava.
Então, pensou: há o amor, há o desejo e há a paixão.
O desejo é assim: quer imediata e pronta realização. É indistinto. Por alguém que, de repente, se ilumina nas taças de uma festa, por alguém que de repente dobra a perna de uma maneira irresistivelmente feminina.
Já a paixão é outra coisa. O desejo não é nada pessoal. A paixão é um vendaval. Funde um no outro, é egoísta e, em muitos casos, fatal.
O amor soma desejo e paixão, é a arte das artes, é arte final.
Mas reparou: amor às vezes coincide com a paixão, às vezes não.
Amor às vezes coincide com o desejo, à vezes não.
Amor às vezes coincide com o casamento, às vezes não.
E mais complicado ainda: amor às vezes coincide com o amor, às vezes, não.
Absurdo.
Como pode o amor não coincidir consigo mesmo?
Adolescente amava de um jeito. Adulto amava melhormente de outro. Quando viesse a velhice, como amaria finalmente? Há um amor dos vinte, um amor dos cinquenta e outro dos oitenta? Coisa de demente.
Não era só a estória e as estórias do seu amor. Não história universal do amor, amou-se sempre diferentemente, embora parecesse ser sempre o mesmo amor de antigamente.
Estava sempre perplexo. Olhava para os outros, olhava para si mesmo ensimesmado.
Não havia jeito. O amor era o mesmo e sempre diferenciado.
O amor se aprendia sempre, mas do amor não terminava nunca o aprendizado.
Optou por aceitar a sua ignorância.
Em matéria de amor, escolar, era um repetente conformado.
E na escola do amor declarou-se eternamente matriculado".
(Affonso Romano de Sant'Anna)

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Mais edis para os redis

O Plenário aprovou, no último dia 22, em segundo turno, as PECs 336/09 e 379/09, que aumentam o número de vereadores do país dos atuais cerca de 52 mil para cerca de 59 mil.
As PECs serão promulgadas em sessão solene do Congresso.
Enquanto isso a PEC 300 está à espera de um milagre...

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

E o sol da liberdade em raios não tão fúlgidos

Cessa a chuva e o coração se alegra por dizer do sol que surge. Surge ainda tímido, com raios inibidos a colorir de azul o céu antes cinzento de pesadas e desesperadas chuvas que se fazem notar - ainda que não desejassem. Com os tons azulados recém-surgidos as ruas voltam a ser percorridas por gente apressada que nem se deu conta de quantas esperanças a chuva arrastou. Arrastou sonhos de quem não tem mais para onde voltar. Mas e daí? São sonhos dos outros...
O coração se alegra em poder dizer do sol que fulge, pois com ele o céu faz-se novamente visível. E essa é a casa para onde desejo voltar.
(Dáuvanny Costa)

domingo, 20 de setembro de 2009

Aquém de

"Não há maneira melhor de se destruir um homem do que obrigá-lo a tentar não fazer o melhor de que é capaz". (Ayn Rand)

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Perturbações de uma segunda-feira

Tempos tortuosos esses, em que cegos são orientados por outros cegos. Condutores e conduzidos, com razões obliteradas, se encontrando nos desencontros. Mesmos sentimentos de viver na opulência. Opulência dos excessos. Excesso de crença no fácil filosofar de pregadores sem caráter; excesso de ardis para convencer incautos a venderem sua ingenuidade. Desconfio de que nenhum dos dois grupos chegue a lugar algum - ou, ao menos, ao lugar esperado.
É a exegese da conveniência de quem prega conjugada à falta de entendimento de quem ouve. E quem não ouve, mas pensa que ouve, dispensa facécias em lugar de lamentos. E o púlpito sofre. E a Palavra sofre. Sofrimentos sem sofreguidão, que aguardam o equilíbrio entre o lavar de mãos e os apedrejamentos.
(Dáuvanny Costa)

sábado, 12 de setembro de 2009

Erros de fado e fato

Errei e erro porque sou eu. Mulher. Carne, sangue e coração.
Errei e erro porque não desisto no meio da jornada. Tenho coragem de ousar.
Erro porque não sou perfeita e sei reconhecê-lo. Sou humana e nenhum humano é perfeito. Isso faz de nós seres únicos. Nenhum igual a outro. A perfeição rouba nossa criatividade; criatividade que só existe na diferença.
Lamento profundamente por quem se acha perfeito. Por quem destrói o que não entende – ou não pode ter. Desconfio de que os seres muito perfeitos não têm espelhos em casa – porque não veem os seus horrores. Tampouco têm amigos – porque ninguém consegue ser amigo de um ser que se julga perfeito.
Errei e erro porque sou humana. Miseravelmente humana. Todavia, minha humanidade não me serve de escusas e não há glória em meus erros. Que me perdoem meus credores: não sou perfeita.
Erro e perco-me no meio dos caminhos. Caminhos que se abrem diante dos meus pés instando a escolhas que não sei se quero fazer. Cobrando-me decisões que não sei se devem ser feitas no momento em que aparecem para ser tomadas.
Erro como ser humano caído procurando um sentido para a vida e plasmando horizontes que meus olhos ainda não podem enxergar. Erro porque ouso. E ouso porque erro.
Descortino esperanças adormecidas e brinco com o desejo de ser perfeita, sabendo que a imperfeição é que me torna especial aos olhos de quem tem coragem para olhar além. Além da mediocridade do cotidiano, além do vazio dos discursos hipócritas, além do que é óbvio. O óbvio que por vezes ninguém vê.
Erro porque o erro faz parte da condição humana. Sou mulher; não supermulher; mulher com as incertezas concernentes à minha condição temporal. Condição humana.
Erro. E são esses mesmos erros que me condicionam ao desejo de crescer, atingindo alturas que me parecem inatingíveis, mas com as quais posso sonhar. São esses erros que me condicionam ao desejo de melhorar minha condição humana e a condição dos que me rodeiam; não pelo sentimento egoísta de receber glórias e agradecimentos, mas pelo sentimento inigualável de me saber humana.
Humana e fraca. Porém, forte. Forte porque humana, revestida de fraqueza, fraqueza que paradoxalmente recobre a força de ser mulher. Mulher que erra.
As vitórias me trazem sucesso, mas são as derrotas que me trazem experiência. E apenas com elas eu cresço.
(Dáuvanny Costa)

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Intervalo

"Como há quem trabalhe de tédio, escrevo, por vezes, de não ter o que dizer. O devaneio, em que naturalmente se perde quem não pensa, perco-me eu nele por escrito, pois sei sonhar em prosa. E há muito sentimento sincero, muita emoção legítima que tiro de não estar sentindo".
(Fernando Pessoa/Bernardo Soares in Livro do Desassossego).

O "Livro do Desassossego" deu nome a esse blog - e já se passam quase quatro anos.
Blog originado do desassossego legítimo de uma alma mortificada por angústias inevitáveis e insuperáveis, todavia, sempre diligente no mister da observação. Nem sempre são as minhas confissões; por vezes são apenas percepções de um mundo incoerente.
O incentivo partiu do Lou. A culpa é dele.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Tente não ficar chocado



O título da notícia do Mídia Sem Máscara é "A pedofilia do Hamas"; o subtítulo é nauseabundo: "Um evento de gala ocorreu em Gaza. O Hamas foi o patrocinador de um casamento em massa para 450 casais. A maioria dos noivos estava na casa dos 25 aos 30 anos; a maioria das noivas tinham menos de dez anos".
O Hamas, você sabe, é o Movimento de Resistência Islâmica, grupo paramilitar e antissemita da Palestina. O que talvez você não saiba é sobre o "apoio" do PT (sim, eles) a esse grupo armado, conforme consta de uma nota oficial do PT: "O Partido dos Trabalhadores soma sua voz à condenação dos ataques que estão sendo perpetrados pelas forças armadas de Israel contra o território palestino e convoca seus militantes a engrossarem as manifestações contra a guerra e pela paz que estão sendo organizadas em todo o Brasil e no mundo. O PT reafirma, finalmente, seu integral apoio à causa palestina." (Ricardo Berzoini, Presidente Nacional do PT). Grifos meus.
Clique nos links e leia, não vai custar nada. Ou talvez custe. Algumas horas de reflexão e lamento. Não conferi a veracidade, mas seja como for, o assunto é pertinente, sempre.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Insone

Não durmo bem. Nunca dormi. Com o passar dos anos – não tantos anos assim, por óbvio – esse estado tem se agravado. Demoro a deitar. Deito e não durmo. Reviro-me na cama larga e olho o relógio que faz as horas correrem enquanto meu sono desaparece. Penso. Pensamentos que desassossegam-me. Tanta coisa que não sei, tantas histórias que não conheci, tantos sorrisos que não sorri, tanta felicidade que não senti, tanta vida que não vivi. Não sei nada - embora pareça achar que sei. Desesperadamente quero abraçar o mundo e os pensamentos incomodam-me. Tudo que ainda não fiz. Por medo ou ignorância. Falta de tempo ou dinheiro. Falta de espaço. Falta de mim. Perdi amigos e queria agora abraçá-los. Perdi oportunidades que passaram sorrateiras sorrindo cínicas diante de mim. Perdi tempo. Tempo que não volta. Amigos que não voltam. Amargurados ou somente ausentes.
Perdi a história. Perdi-me.
Acordo cansada por horas não dormidas, fugidas ao sono, fugidas ao descanso; entregue a pensamentos que não trazem mudança. Abro livros para tentar sanar a ignorância que me angustia. Desespero-me de saber tão pouco. Quero mais. Busco mais. Preciso de mais. Mais conhecimento - embora conhecimento não signifique sabedoria. As muitas letras trazem cansaço. Livros demais e tempo de menos. Ânsia demais para saber o que não sei e tempo de menos para aprender o que desejo.
Não durmo bem e o relógio denuncia meu desassossego de existir.
Outra noite assim.
(Dáuvanny Costa)