segunda-feira, 27 de fevereiro de 2006

Coisa Para Inglês (ver)?

Assim como a partitura não exaure a música; o conhecimento não exaure os fatos. Fatos são acontecimentos reais. É fato que um mar de lama arrasa a credibilidade dos políticos brasileiros. É fato que pagamos as pizzas e patrocinamos a corrupção. Do suor dos nossos rostos eles (políticos) comem o seu pão.
A indústria da corrupção desvia verbas que deveriam ser usadas, dentre outras coisas, no combate à miséria e à violência. A 'bola da vez' é a CPI dos Correios. Coisa Para Inglês ver? Comerão a Pizza Inteira? Seja lá o que signifique essa sigla na linguagem popular, certamente não significa "moralidade e punição". CPI's não torna proba a canalha que usa a autoridade pública para cometer crimes e se ocultar segura de sua im(p)unidade. São inatingíveis na sua conduta infratora. Cada criança morta, cada Policial baleado, cada cidadão desempregado, cada idoso humilhado é culpa desses homens 'intocáveis'; e ainda que eleitos pelo povo, não se identificam com o povo. São guiados por suas próprias leis, tal qual Sartre's modernos.
Faltam recursos para equipar hospitais públicos, reajustar salários dos militares e servidores, equipar e valorizar a Polícia, assegurar um salário digno para os trabalhadores (contribuintes), combater a mortalidade infantil, contudo puLulam para verbas de gabinetes, salários de parlamentares, "Aeros", viagens presidenciais constantes, "mensalões" (para ser bem atual) "cala-a-bocas", MST (Movimento dos Sonegadores de Tributos(?)).
Os impostos não são revertidos em benefício da sociedade que os paga. São impostos para irem para os impostores. Esse caos que se alastra pelo nosso Estado Democrático de Direito me lembra sempre Ayn Rand (citação de memória): “Em Nova York, no tempo atual, só podem ter casa ou os muito ricos ou os muito pobres, estes que ganham 15 dólares por semana. A classe média sustenta a moradia dos de 15 e nada há para eles”. Isso dito sobre a construção do condomínio Cortland Homes. Nós, classe média, é que 'pagamos o pato' sem comê-lo.
Somos tolerantes na hora errada. Nossos discursos não mudam o statu quo e não fazem fatos. Povo cordeiro que acredita em "planos de ação" (e não faltam planos, o que falta são ações) de homens que usam gravata e discursam bonito. Sempre os mesmos discursos das velhas raposas, e das novas aves de rapina que descobriram a indústria da corrupção. Parecem todos iguais (será que é a gravata? Mas há mulheres também. E elas não usam gravata). São tão iguais que por um momento me pareceu que assim o fosse por causa da gravata.
Nome pomposo da nova profissão: Industrial da Corrupção. Que bagunça política é essa?! Que farra com o dinheiro público é essa?! É a hora da esbórnia?! Descobriram a necedade das massas? Saibam que há seres pensantes aqui embaixo; melhor prestarem atenção. É a hora do basta!

(Dáuvanny Costa, em 08 de junho de 2005)

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