sábado, 3 de novembro de 2007

Mãos Pequenas



Não conheço o Calebe. Nunca falamo-nos. Todavia, conheço sua mãe (Alessandra Motta), e sei, por meio dela, que ele é um menino adorável. O Calebe mal completou oito anos, mas tem algo diferente das crianças de sua idade: O Calebe é um servo. É entregue. É desses que correm para os braços de Jesus e Ele diz: “Deixai-o vir a Mim”.
Alê me mostrou fotos lindas do batismo do Calebe. Desceu às águas. Novidade de vida. Ele nem tinha 'velhidade' de vida, você dirá. Sim, você terá razão. Oito anos não é muito – para mim, ainda é um bebê (considero assim os meus sobrinhos). Você dirá que crianças não sabem de quase nada. Alguns dirão que crianças não sabem de nada. E que não podem crer - mas dessa vez você não terá razão. Quase posso ver Jesus no meio dos doutores; fecho os olhos e eis Paulo aos pés de Gamaliel.
Crianças sabem sim. Sabem muito. Sabem tanto que sabem a quem amar. Quase sempre. Deve ser por isso que Jesus nos aconselhou a sermos como elas. Ele disse que delas é Seu Reino.
Receio, admito (e a Alê também), por sua pouca idade, mas vou transcrever o que disse à ela: "Deus nos quer como crianças. Quer nossa dependência e nossa entrega. Ele geralmente nos resgata do mundo, cura nossos corações corrompidos e nos torna crianças outra vez. Há momentos, no entanto, em que Ele já as busca enquanto crianças. Há espaços onde apenas mãos pequenas podem alcançar. Há obras para as quais Ele precisa de mãos pequenas. Há orações que só podem brotar desses pequenos corações".
É assim que desejo segui-lO. Quero confiar. Quero depender. Não quero fugir na primeira dificuldade e tentar resolver as coisas do meu jeito – como quase sempre tenho feito. Não! Quero chamar meu PAI para resolver. Quero ser como uma criança. Não daquelas mimadas que só desejam coisas, mas daquelas que sabem que não precisam trabalhar porque seus pais, ou um deles, lhes providencia o sustento.
Oro pelo Calebe. E pela Gi, pelo Gui, pela Dudinha, pela Mi, pela Manu. E por mim... para não cometer, para sempre, os mesmos erros.
(Dáuvanny Costa)