sábado, 18 de outubro de 2008

SAL QUE NÃO SALGA

Hoje acordei com o desejo desatinado de resgatar a igreja. Estou ciente de que é um desejo deveras arrogante; talvez insano: "...as muitas letras te fazem delirar", palavras lançadas ao apóstolo Paulo por Festo, governador da Judéia (60-62), relatadas em At. 26.24.
Não sou nenhuma "enviada especial" (isso é coisa de repórter), estou "apenas" indignada e não posso e não quero mais assistir a esses espetáculos de degradação moral, a essas tolices, a esses disparates. Não quero cruzar os braços e fingir que nada acontece.
Sim, estou inquieta, uma inquietude que quer agir, que quer mudar conceitos e transformar vidas. Uma inquietude que quer SALGAR. Não aceito mais essa venalidade, essas aberrações, esse estado acrítico da igreja. Não importa ser crucificada, o que não desejo é ser pisada como sal inútil.
O legado da igreja está sendo manchado. O Evangelho está sendo descaracterizado. A fé está sendo negligenciada por valores menores. Os pregadores estão corrompendo e sendo corrompidos, e quanto a nós, bem, resta-nos a culpa de nossa omissão.
Alguns chamar-me-ão demagoga, outros ainda me julgarão soberba e insolente e há aqueles que comungarão de meus desassossegos. Chamar-me-ão de muitas coisas, menos de hipócrita. Desespero-me da igreja. Quisera assim não fosse, todavia, ora ela vive uma busca frenética por superficialidades que me arrancaria de minha zona de conforto (se eu tivesse alguma) e hoje essa fúria me consome e me exalta. Talvez, juntos, possamos encontrar o caminho de volta ao Caminho.
Não foi para isso que eles [todos] morreram.
(Dáuvanny Costa)

3 comentários:

Jorge Oliveira disse...

Só para dizer que estou contigo nessa luta inquieta, pela Igreja. A Igreja que precisa ser mais sal e luz. A Igreja do nosso Senhor Jesus Cristo.

Abraço

Lou H. Mello disse...

Onde eu assino?

Anônimo disse...

Vamos nos unir para encontrá-lo.
Carlos