terça-feira, 20 de março de 2012

Mas que saco [...]!

Tornamo-nos uma cultura que deseja colocar o “meio-ambiente” dentro de um círculo de proteção.
É necessário?
Reciclo o lixo de casa há anos – inclusive há cestos específicos para tal –; não deixo em funcionamento aparelhos que não estejam sendo utilizados; apago as luzes ao sair de cada ambiente (sendo que já não me agrada muita claridade); no trabalho faço uso apenas de papel reciclado (e, particularmente, acho mais agradável à vista); a maioria dos eletrodomésticos que possuo pertence à classe "A" (consumo menor de energia); procuro consumir produtos que não agridam o meio ambiente, etc., etc. [...]; assim, eventualmente, voluntariamente já fazia uso de substitutos às famigeradas sacolas plásticas.
Feitas tais considerações, não vejo em quê o aniquilamento de sacolas plásticas ajude o planeta a sobreviver às agressões que sofre e tem sofrido ao longo do tempo, uma vez que sobreviverão inúmeros outros "vilões". As sacolas são utilizadas como sacos de lixo – que, claramente, deverão agora ser comprados. As sacolas proporcionam aos consumidores a comodidade de irem às compras no momento que desejarem sem a preocupação inútil de que necessitam carregar as embalagens dessas compras. As sacolas permitem a separação dos itens para transporte. Ademais, a substituição de sacolas plásticas não deve ser imposta ao consumidor. Não há ganho ambiental ao bani-las - há sim, prejuízo material ao consumidor, mais uma vez onerado.
No que tange à salvação abstrata do planeta, importa antes que salvemos o homem. O quê, efetivamente é feito pela preservação do homem?! Leis espúrias que protegem criminosos maculam a humanidade e saqueiam sua dignidade. O abstrato "meio-ambiente" – que nada mais é no imaginário de quem o defende, do que a natureza "socializada"  –, ultimamente é mais discutido e protegido que a vida humana. "Salvemos o mundo!", alardeiam - esquecendo-se apenas de dizer que salvamos o mundo para ninguém.
No mais, os criadores e organizadores da mudança devem pensar; aliás, devem saber, que não nos incomodaremos em pagar um pouco mais e termos um pouco menos de comodidade, afinal, é de nosso costume [...].
Por fim, o brasileiro precisa de educação – e uma "sacolinha" a menos não muda em nada o planeta se o ser humano não mudar de conduta. Boa educação e respeito à vida alheia são as maiores virtudes de um homem – e virtudes não surgem das leis.
(Dáuvanny Costa)

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